Como precisava de uma legenda para a foto, fica aqui um texto antigo, tão antigo que ainda não existiam blogs para o escrever
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Caio a teu lado exausto, derrotado
Deslizas tua mão por meu corpo suado.
Fitas meus olhos fazendo frente
a incerteza de um amor inexistente.
Sinto agora um enorme vazio em mim,
corpo deserto de amor, só desejos sem fim.
Que ansiavas tu nessa esperança?
Quedando-te em meu corpo num ritual que já cansa.
Mais uma vida em que nada te espera,
sou ilusão tatuada numa quimera.
Sou chama que se apaga e acende,
Amante que te deixa mas não mente.
Alma que voa livre como o vento,
Que te lembra que chegou ao fim o nosso tempo.
Tiago, 1998
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