sábado, 8 de março de 2008

Ausência

Pudia jurar que ainda agora te senti aqui a meu lado.

Que ainda agora senti novamente tua respiração deitada em meu peito e teu braço no meu.

Por vezes acordo e ainda sinto teu cheiro na cama. Nesta cama que nunca foi tua, onde nunca repousaste.Onde teu corpo nunca foi corpo, apenas sonho.

É a ausência na presença.

Não quero ninguém a pisar os meus passos.

Ninguém a aliviar minhas quedas.

Na falta da visão vou dar cabeçadas na parede.

Vou seguir meu caminho na solidão, como sempre fiz, sozinho entre a multidão.

domingo, 2 de março de 2008

As minhas ilusões

Hoje vi as estrelas a serem cobertas pelo manto da alvorada.

A pouco e pouco todas desapareceram e só a lua ficou á espera do sol.

Ainda lhe sussurrei que não ficasse, que fosse iluminar outras terras, que ela e o sol jamais se tocariam.

Teimosa como eu lá ficou, imóvel e desesperada até que o sol do céu a apagou.

Ilusões, por vezes regemos a nossa vida em função de ilusões.


Influenciamos-nos e tentamos-nos enganar a nós próprios por algo que queremos acreditar que é verdade, algo que queríamos que fosse verdade.


Como eu e tu, queria realmente que nós existissimos, que fôssemos algo. Mas o que somos é só uma ilusão. Uma ilusão de sabor amargo no meu caminho.


Como deves ter reparado, nós já não vivemos no mesmo mundo. Aliás, nossas galáxias nem sequer são vizinhas.


Tu seguíste a tua vida, eu segui a minha. Viveste novas experiencias, adquiriste novos conhecimentos



E são essas experiências de vida, o carácter que adquirimos ao longo dela que nos pôs em caminhos diferentes, que te levou a emigrar do meu mundo.


Hoje tomei uma decisão, desistir das ilusões. Sê feliz no teu mundo, eu fico com o meu.


Beijo

 
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