domingo, 24 de maio de 2009

Espelho meu, espelho meu...

De Sentimentos em prateleiras

Irrita-me ser julgado pelo que vêem em mim.
Acho que sou muito mais que a imagem que transmito, que as acções que tomo, as palavras que digo. Sei que existe tanto em mim que não mostro, que guardo, porque sou eu, é meu, e não necessito de o dar a alguém.
Porque é assim tão importante a maneira como somos vistos pelos outros?
Porque perdemos tempo em frente ao espelho a fazer aquelas pontas de cabelo desafiar a lei da gravidade, se vestem tops com cordões apertados abaixo do peito para desviar olhares ou passamos uma vida a dizer o que os outros gostam de ouvir. Só porque mostrar faz esconder.
Estou farto que esperem que eu mostre o meu valor, que atentem ao que digo e faço. Que me julguem, aos meus actos e ás minhas palavras apenas pelo que lhes mostro.
Que esperem que me apresente irrepreensível, logo eu que ando a anos-luz de qualquer forma de perfeição.
Por mim não se dêem ao trabalho de me olhar, de me ouvir, de me julgar.
Se não têm nada para me dar, não têm nada a receber, virem as costas e vão andando que já vos apanho.

2 comentários:

Inês disse...
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Unknown disse...
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