sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

viagens

Bati-te á porta, levava nos bolsos o universo para te oferecer.

Queria dizer-te: -Vai á varanda e olha em redor, tudo o que vês é o que tenho para te dar. Ofereço-to embrulhado em sorrisos.

Mas nunca chegaste a tirar a corrente da porta.

Do outro lado da porta falaste-me de nós e do passado, falaste do presente e esqueces-te o futuro.

Deixaste-me só nos meus pensamentos e duvidas. As coisas que nos aconteceram, os momentos que vivemos e as memórias em que nos tornámos.


Tanta pergunta que ficou por fazer. Sabes, tinha tanta coisa na minha alma para te dizer e tantas respostas que queria saber que acabaram por se atropelar umas nas outras. Perguntas que nunca tiveram resposta, segredos que nunca te contei, coisas realmente importantes que fiquei sem te dizer. Seriam realmente importantes, mudariam algo? Seriam importantes se o fizessem...


Frequentemente encontro-me perdido a pensar em ti, tudo á minha volta serve de pretexto para me recordar de ti. Mas nada é pior que estar á noite deitado, no escuro, sem conseguir dormir.

Deixei passar aquela oportunidade, aquela que nos aparece uma vez na vida, sem hipótese de repetir, como o artista que anda no fio, caí sem uma rede.
Li uma vez algures: Há quatro coisas que não voltam para trás: a pedra atirada, a palavra dita, a ocasião perdida e o tempo passado.
Já mandei muitas pedras na vida e disse muitas vezes o que não queria dizer, mas o que realmente me arrependo foi da ocasião perdida, ocasião de ter podido passar mais tempo contigo.

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